A maior personalidade do rock brasileiro faleceu após longa luta contra o câncer
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Rainha é uma palavra que emite pouco valor ao falarmos da importância de Rita Lee. Simplesmente o maior nome do rock brasileiro, Rita, desde cedo, trilhou caminhos virtuosos, primeiro com Os Mutantes, depois, em carreira solo com o apoio da banda Tutti Frutti e mais a frente com o seu fiel escudeiro, Roberto de Carvalho.
Foram muitos hits radiofônicos que embalaram grandes novelas e histórias de amor. Também muitas canções viscerais e psicodélicas, eternizadas e amadas no mundo inteiro. Sem contar na importante colaboração no Tropicalismo ao lado de Sérgio Dias e Arnaldo Baptista.
Ela também nos trouxe à cena Lucinha Turnbull, a primeira mulher guitarrista do Brasil, que tocou por um tempo com os Tutti Frutti e seguiu estrada com outros grandes nomes da música. Com ela, Rita criou o projeto Cilibrinas do Éden em 1973, que, infelizmente, teve vida curta.
Após uma longa luta contra o câncer de pulmão, Rita nos deixou na noite de ontem (8), cercada pela família. Ela, que revolucionou o mundo da música brasileira em tantas camadas, está na discoteca básica de todo apaixonado por música com discos fundamentais, como "Fruto Proibido" (1975) e "Rita Lee" (1979), que conta com os clássicos "Mania de Você", "Chega Mais" e "Doce Vampiro". Com o seu marido, o guitarrista Roberto De Carvalho, colocou um tom a mais de brilho no pop nacional.
Foi audaciosa o bastante ao incluir o sexo de forma poética em suas músicas, desde a frase censurada de "Ave Lucífer" (1970), que lançou com Os Mutantes, até o hit "Lança Perfume". Achava o termo rainha cafona demais e, não por menos, preferia "padroeira da liberdade".
Debochada, vanguardista, paulistana. Orra, meu! A mina de sampa mais descolada foi ser corista de rock em uma outra esfera. Nem luxo, nem lixo, ela queria ser imortal. E cá pra nós, Rita, você conseguiu. Está para sempre em nossa memória, nossa história e em nossas vidas.