Quase um século depois de o clássico ter sido escrito, a faixa continua sendo reinterpretada por diversos artistas
Foi numa noite chuvosa de 1939 que o compositor mineiro Ary Barroso compôs "Aquarela do Brasil", música que simboliza a identidade e a estética brasileira no mundo. Mesmo mais de oitenta anos depois de ter sido lançada em escala continental por Carmen Miranda, a canção continua a ter a aura de um marco inicial para a "internacionalização" da música brasileira, potencializada um pouco mais tarde pela Bossa Nova e sua "Garota de Ipanema" ( entre tantas outras músicas).
A música também marcou a criação de um novo gênero, o samba-exaltação. Embora tenha envelhecido com a aprovação de um governo ditatorial, considerando que foi feita em total sinergia com o mandato de Getúlio Vargas, a canção não perdeu vida nem requinte. Mesmo quase um século depois, "Aquarela do Brasil" continua moderna e fascinante, especialmente para os entusiastas da música brasileira no exterior.
Não é a toa que a pista ganhou e continua ganhando tantas outras versões. No WePlay, primeira plataforma de streaming de shows, clipes e documentários musicais brasileiros, é possível assistir a diferentes interpretações, como o Zimbo Trio Sinfônico, com roupagem totalmente instrumental, o grupo Sururu Na Roda, em uma apresentação cheia de energia diretamente do Japão e também uma versão mais intimista, do clássico grupo paulista Demônios da Garoa, gravada no Estúdio Showlivre.
O que podemos esperar é que "Aquarela do Brasil" viva e (re)viva ainda por muitos anos, quiçá eternamente.
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